domingo, 4 de julho de 2010

Literatura x Cinema

Eis então uma temática polêmica no mundo cinematográfico: as famosas adaptações de best sellers para a telona. Mas por que essa celeuma toda? A resposta todo mundo sabe, mesmo que não esteja inteirado totalmente sobre o assunto: As comparações sempre irão surgir. A maioria prefere os livros. Porém, o lançamento de um filme baseado naquele livro que você simplesmente devorou desperta no mínimo uma curiosidade de como seria aquela história toda nas telas. E você, o que acha? Os livros são melhores? Os filmes decepcionam? Vamos a alguns exemplos clássicos...

O CÓDIGO DA VINCI



Nada como começar pelo best seller dos best sellers. O Código da Vinci foi um dos livros mais lidos e polêmicos da última década. Em um triller envolvendo símbolos e história, Robert Langdon (Tom Hanks) se envolve em temas como Santo graal, Opus Dei e a Bíblia, juntamente com a criptógrafa Sophie Neveu (Audrey Tatou). Uma nova versão da história mais conhecida de todos os tempos é retratada no livro e no filme. Maria Madalena mulher de Jesus? E ainda teve filhos? Não podia deixar de suscitar polêmica. A Igreja não gostou. Nem um pouquinho. O livro, inclusive, está no INDEX (aquele famoso arquivo de livros proibidos para os fiéis lerem). E o filme? Bem, a Igreja não queria sua veiculação. Porém, como todos já perceberam, não obteve êxito nessa missão. Polêmica do livro + polêmica de lançamento = repercussão muito maior e milhões de dólares arrecadados. Será que deu certo? A maioria das pessoas que leram e viram o filme, se decepcionou. Os que não leram e assistiram, gostaram muito. Os católicos fervorosos, bem... já sabem né? 

Mas confesso que o livro é melhor. É, adoro cinema. Nesse caso, no entanto, a sétima arte perdeu. 1x0 para a literatura.

ANJOS E DEMÔNIOS


De novo está Dan Brown. Dessa vez,  escolheram o livro "Anjos e demônios" para adaptação. O livro fala sobre o sequestro de quatro cardeais antes da eleição do novo Papa. O mandante desse crime é uma seita que estava esquecida há tempos: Os Iluminatti. Além disso, é abordado bastante sobre a antimatéria. E de novo tem ele, nosso heroi Robert Langdon, que se aventura juntamente com a bela cientista Victoria Vettra. Para mim, esse é o melhor dos cinco livros lançados pelo autor. O mais envolvente, o mais emocionante. Agora, vamos ao que interessa: Quem vence dessa vez? De modo esmagador, a literatura. O filme é ótimo de se ver, uma aventura instigante. Mas muita coisa foi mudada sem necessidade. Tiraram um personagem bem importante, o Maximilian Kholer. Ele, junto com o o Camerlengo, simbolizam o duelo entre religião e ciência. No filme, o substituem por um cara que é da igreja! Sem contar outros detalhes do final da história. O camerlengo, interpretado por Ewan Macgregor, deixa a desejar, apesar de ele ser um ótimo ator. 2x0 para os livros.

O CAÇADOR DE PIPAS


De uma aventura instigante passemos agora para um drama. Khaled Hosseini escreveu sobre a história de dois amigos. Um é o patrão; o outro, empregado. Apesar dessa diferença de classes sociais, são muito amigos. Alguns fatos ocorrem e os dois precisam se separar. É uma história linda e muita prazerosa de ler. E o filme? Este começa bem. Os menininhos são muito parecidos com os personagens. E a cena clássica do torneio de pipas é fantástica. Mas na segunda parte do enredo, o filme deixa a desejar. Apesar disso, capta bem os melhores momentos do livro. Porém, este ainda ganha do filme. 3x0 para a literatura.

A VIDA SECRETA DAS ABELHAS


A vida secreta das abelhas tem como protagonista Lily Owens, que vive um drama devido a perda de forma desastrosa da mãe e o carrasco do pai. Junto com uma das empregadas do pai e sua companheira de sempre, Rosaleen, vai em busca de seu destino e acaba encontrando em seu caminho as irmãs produtoras de mel. O filme me surpreendeu. Ele foi BEM fiel ao livro. Dakota Fenning, como sempre, atuando bem e a Jenifer Hudson, ganhadora do Oscar por Dreamgirls, também cumpriu seu papel. Destaque para Alicia Keys. A cantora interpreta a irmã mais chata. Ela realmente parece com a personagem no livro, tanto fisico como psicologicamente.  O filme cumpriu sua missão de adaptar com maestria esse livro emocionante. Ponto para os dois. 4x1.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA


Essa é a obra prima do grande escritor português falecido recentemente, José Saramago. A história não se passa em local específico. Fala sobre uma epidemia de uma cegueira branca, que atinge milhares de pessoas, com exceção da mulher do médico. Os personagens não tem nome. É escrito assim mesmo: a mulher do médico, o médico, a prostituta etc. Saramago não queria que sua obra fosse adaptada. Meirelles, diretor do filme, insistiu, insistiu e... Saramago permitiu. E não é que ele se emocionou vendo a película? Se procurar no youtube, vai achar o vídeo do escritor chorando e Fernando lá, ao lado dele, emocionado também. A adaptação merece aplausos. Fernando Meirelles conseguiu uma façanha tão difícil, que é adaptar uma obra de ninguém mais ninguém menos que José Saramago! É uma obra prima que foi (acreditem!) mal vista pela crítica. Mas o maior feito, o de agradar o escritor, Meirelles conseguiu. Ponto para os dois! 5x2.

E O QUE VEM POR AÍ?

  

E as adaptações não param por aí. Já é fato: O Símbolo Perdido, terceira saga de Robert Langdon chega às telonas em 2011. A história dessa vez se passa na maior potência econômica mundial: Estados Unidos, mais especificamente em Washington. E o tema principal é sobre a sociedade secreta mais conhecida e... mais secreta, a maçonaria. Além disso, é falado também a respeito da ciência noética, assunto bem desconhecido pela maioria (que danado é isso? Tem no google. Mas já adianto aqui: Basicamente a ciência noética procura mensurar a relação mútua entre consciência e corpo físico). E terá novamente Tom Hanks como o nosso professor herói.

A menina que roubava livros também promete chegar ao cinema. O best seller, que fala sobre uma menina que encontra 3 vezes a morte, é um drama muito bem escrito e emociona. A dúvida agora é: Quem será a Liesel, menina protagonista da história? Alguns apostam em Dakota Fenning. Até agora, só há suposições. Espero que em breve possamos conhecer a atriz que sem dúvida nenhuma vai bombar no mundo cinematográfico.

E o outro livro do Khaled Hosseini, A cidade do sol, do mesmo autor de Caçador de Pipas? Será que terá filmagem? Até agora, nada confirmado.

Existem muitos outros filmes baseados em livros. Citei apenas alguns, todos best-sellers. Por isso mesmo, mais polêmicos. Existem várias adaptações que nem são muito conhecidas, como "O caso dos negrinhos", livro da dama do crime, Agatha Christie. Existem filmes conhecidos, mas que dificilmente são lembrados como adaptações. É o caso de "Laranja Mecânica" filme adaptado do livro de Anthony Burgess. Eu descobri que era baseado em um livro apenas quando procurei depois sobre mais informações desse enredo. 




sábado, 23 de janeiro de 2010

A Era da Abundância

Você acorda. São 6:30. Se arruma, vai para a faculdade. Depois da faculdade, corre para o estágio. Do estágio vai para o curso de línguas. Isso nos dias úteis. No sábado, curso de photoshop pela manhã. Pela tarde, aulas de francês. À noite, internet: msn, orkut, myspace, facebook, twitter, formspring, google...

Esse não é meu dia a dia. Mas é bem parecido. Tenho duas faculdades e ainda estou env
olvida em um projeto de extensão do IFPE. Mas o que isso tem demais? Tem relação com a nova era: A da abundância. A Revista da cultura, edição de janeiro, retratou na reportagem principal sobre o bombardeio de informações que recebemos a toda hora. Muitos novos conhecimentos são importantes, claro, para o nosso amadurecimento na vida profissional e pessoal. O problema surge quando o limite é extrapolado. São tantas as informações, novidades que ficamos perdidos... O que fazer? O que preciso saber? O tempo ócio é praticamente raro. E nesse ócio ainda pensamos em atividades que possam nos passar alguma informação, mesmo que indiretamente.


















Nesse novo contexto, surgem mais desafi
os aos "profissionais da mente". Psicólogos e psiquiatras recebem cada vez mais um número gigante de pessoas para tratamento de distúrbios desencadeados do excesso de atividades e informações, desde o TDAH - Transtorno de atenção e Hiperatividade à depressão. Falando em TDAH, esse é o menor dos problemas mas nem por isso não é preciso cuidado. O déficit de atenção pode atrapalhar demaseadamente qualquer pessoa. E isso reflete até na vida pessoal, que é deixada cada vez mais esquecida em detrimento de consumo de informações e mais informações e atividades. Muito jovens se suicidam pela vida muita atribulada. Afinal, eles são apenas jovens mas estão a cada dia com mais atividades sérias na agenda. Sem contar as crianças, que hoje em dia mal sabem o que é ter tempo de diversão. A internet é a principal responsável por essa nova era.

Quem não se lembra de poucos anos atrás, no qual para se obter determindas informações era necessário correr atrás de bibliotecas e muitas vezes não encontrar o que queria. Hoje, basta um clique do mouse, entrar no google e lá estão milhares de páginas só com o assunto de seu interesse.
Mais informações vocês podem ler na reportagem. Eu trouxe essa temática para o blog por se tratar de um assunto que atinge a quase todos. Afinal, o mundo está aumentando exponencialmente sua conexão com todos. O número de novos internautas e de pessoas conectadas também crescem constantemente. Eis então a questão: O que é realmente necessário? 





sábado, 2 de janeiro de 2010

Retrospetiva cinematográfica da década


Ok. Eu sei. A década na verdade começa em 2001 e termina em 2010. Mas como todos estão nessa de fazer retrospectiva da década, resolvi entrar nessa também.
Para simplificar a coisa, colocarei os 10 filmes vencedores do Oscar de melhor filme de 2000 até 2009. Isso não significa que são os melhores filmes que já vi, ou já produzidos, ou os mais sensacionais. Até porque a academia tem um pouco de politicagem, o que faz muitos filmes serem injustiçados. Mas cá entre nós: Chegar nesse patamar não é para qualquer um não. Então, vamos a eles!


2000 - Beleza Americana


















Eu assisti apenas uma vez e não gostei muito por um motivo: Eles ganharam o Oscar mais por ser um filme que aborda a própria sociedade americana do que por seu conjunto. Mas não é filme ruim. A forma como o filme critica certos hábitos americanos foi forte e combate preconceitos arraigados na cultura americana. O título do filme, inclusive, se refere a uma rosa "beleza americana" que tem a peculiaridade de não ter cheiro nem espinhos, uma crítica ao vazio do americano. Ganhou 5 oscars: melhor filme, ator (Kevin Spacy), diretor (Sam Mendes), Melhor roteiro original e melhor fotografia.


2001 - Gladiador
















Mais um enredo épico a entrar para a história. É um dos melhores filmes desse gênero que já assisti. Além das cenas fantásticas de luta e guerra, o filme aborda o lado mais humano de um general romano, o Maximus (Russell Crowe), um herói injustiçado, que teve sua família destruída graças a inveja do Imperador Commodus (Joaquin Phoenix). Essas atuações, inclusive, foram realmente dignas de Oscar (Russell ganhou, mas Joaquin não). Ganhou mais 3 oscars: melhor efeitos especiais, figurino e som.

2002 - Uma mente brilhante














Mais uma vez, Russel Crowe está no filme ganhador do Oscar. Dessa vez em 2002 e com um personagem completamente diferente. Ele faz o professor de matemática Jonh Nash, que formula ainda jovem um teorema revolucionário. Ao mesmo tempo, luta contra uma doença: esquizofrenia. Esse detalhe da doença pega de surpresa quem está assistindo, pois muitos elementos que vemos na verdade são ideias da imaginação dele. Um roteiro e direção com certeza, primorosos. Ganhador do Oscar de melhor filme, roteiro adaptado, diretor (Ron Howard) e melhor atriz coadjuvante (Jennifer Connelly).

2003 - Chicago




















Chicago, sem sombra de dúvidas, está no meu TOP 10 de melhores filmes. Realmente mereceu a estatueta. E veio com tudo, afinal ganhou no ano em que a cerimônia do Oscar apagou 75 velinhas. É um verdadeiro espetáculo de atuações, canções, danças, alegorias. Caterine Zeta Jones simplesmente arrasou. Tanto que ganhou seu primeiro Oscar como melhor atriz coadjuvante. Renee Zellweger, Queen Latifah e John C. Reilly também deram um show. Richard Gere deixou a desejar um pouquinho. Foi o único que não concorreu a estatueta, dessa trupe. Nem por isso estragou o filme. Ele foi bem, mas não se campara aos outros. Ganhou os seguintes Oscars: Melhor filme, atriz coadjuvante (Zeta Jones), diretor (Rob Marshall) , melhor mixagem de som, melhor edição e melhor figurino. Uma verdadeira obra de arte. Com certeza, um dos melhores musicais que Hollywood já produziu!

2004 - O Senhor dos Anéis: O Retorno do rei

















A trilogia "O Senhor dos anéis" marcou não apenas a década mas toda a história do cinema, devido à sua megaprodução. Foram 3 anos de gravações intensas na Nova Zelândia. Mas vou especificar apenas o 3° filme, que foi o grande vencedor do Oscar 2004, com 11 estatuetas (igualando filmes como Titanic-1997 e Ben Hur-1959). Como todo fim de trilogia, o filme contém muita ação, aventuras, suspense. Eu lembro de ter me levantado da cadeira torcendo para Frodo destruir o anel! Um filmaço, vale a pena assistir (mas claro, contanto que tenha assistido aos outros dois, senão não tem graça). Se for levar em conta os 3 filmes, já que retratam a mesma história, pode-se considerar como o maior ganhador de estatuetas de todos os tempos (além dos 11 do último filme, "O Senhor dos anéis - A sociedade do anel" e "O Senhor dos anéis: As duas torres "ganhou 2 Oscars, ao todo somando 17 Oscars.). Ganhou nas seguintes categorias: Melhor filme, diretor (Peter Jackson), roteiro adaptado, som, efeitos especiais, trilha sonora, canção original ("Into the west"), maquiagem, edição, figurino e direção de arte (Ufa!).

2005 - Menina de Ouro




















Um grande vencedor do Oscar por receber os melhores prêmios (Melhor ator coadjuvante - Morgan Freeman; Melhor atriz -Hillary Swank; Melhor diretor-Clint Eastwood, que concorreu a melhor ator também; e, obviamente, melhor filme). A história da boxeadora comoveu a academia. É um enredo emocionante, que além de abordar a determinação de uma jovem - mas velha para sua carreira - trata sobre a eutanásia. Atuações, roteiro, fotografia, direção espetaculares. Esse foi o ano de Clint, não podemos negar. Ganhou de um diretor muito consagrado mas que ainda não tinha ganho um Oscar, o diretor Martin Scorsese (concorreu com o Aviador, a aposta na época. Porém, foi imensamente derrotado por Menina de Ouro).

2006 - Crash no limite















Muitas pessoas podem até discordar de mim, mas dentre os 10, esse é um dos mais fracos. Eu posso explicar: O filme não é ruim. Ela faz uma crítica ao ainda persistente preconceito racial. O problema é que ele ganhou a estatueta não pela sua história (ou histórias, já que retratam vidas paralelas), mas sim por politicagem (às vezes a academia tem isso de querer mostrar um lado mais humanitário através do cinema. Só que isso acaba prejudicando outros filmes, sendo assim injustiçados). Concorreu com um fortíssimo e também crítico de preconceito, só que dessa vez abordando o homossexualismo, o polêmico "O Segredo de Brokeback Moutain". Eu posso até estar exagerando, mas não gosto mesmo quando a política prevalece em relação à arte. Mas não deixem de ver, até mesmo se for só para criticar.

2007 - Os Infiltrados




















Confesso que não esperava que esse filme fosse ganhar. Não por não ter gostado. Pelo contrário! É sensacional. Mas há tempos não ganhava um filme com esse estilo policial e de ação. E outra: Essa vitória teve um gostinho de retratação. Retratação? Isso mesmo. Martin Scorsese, um monstro da sétima arte nunca tinha ganho um Oscarzinho se quer. Seus amigos Coppola, Spielberg e George Lucas já tinham ganho pelo menos uma estatueta e ele... nada. E por isso mesmo eu torci muito para que ele ganhasse. Ele merece, por toda sua experiência na carreira cinematográfica. Como disse antes, em 2005 lá estava ele concorrendo com Clint, com "O Aviador", um filmasso por sinal, e acabou sendo quase que massacrado por Eastwood. Apesar de ter acontecido uma retratação, não achei a premiação injusta, porque o filme foi dignamente bem dirigido e tem um roteiro envolvente. Ganhou também na categoria de roteiro adaptado, edição. Ah, e adivinha quem entregou o Oscar de melhor diretor a Scorsese? Seus best friends Coppola, George Lucas e Spielberg! Aí já dava para saber quem ia ganhar né?

2008 - Onde os fracos não tem vez




















2008 foi um ano bem alternativo do Oscar. E essa característica não deu muito certo. Afinal, teve o pior ibope da história da cerimônia. Foi o ano do 80° aniversário e a festa foi bem fraquinha. Merecia um mega evento.Esse filme eu assisti e da primeira vez não entendi. Depois assisti de novo, entendi umas coisas e... enfim, não me comoveu. Eu preferia que "Desejo e Reparação" tivesse ganho. Mas há muitos elementos que podemos tirar como posititivos. Primeiramente e o que mais valeu assistir: a atuação de Javier Bardem (que ganhou o oscar de melhor ator coadjuvante). Foi simplesmente de arrepiar. Nunca vi um psicopata tão psicopata no cinema. O fato de não ter praticamente nenhuma trilha sonora também foi um fator positivo (logo eu, que adoro trilhas sonoras de filmes). Deixou o enredo mais real, cru. E a direção foi muito bem executada pela dupla de irmãos Cohen, ganhadores do Oscar de melhor diretor. Ganhou o Oscar também de melhor roteiro adaptado.

2009 - Quem quer ser um milionário















Esse filme foi o tema do meu primeiro post aqui no blog, no dia do meu aniversário. E não poderia ter comemorado mais um ano de vida com um filme melhor do que esse. Dos 10 filmes aqui presentes, Slumgdog Millionaire, para mim, foi o melhor, o que mais me comoveu e me emocionou, me tirou da razão. Com um roteiro, direção, trilha sonora fantásticos! Tudo bem que teve aquela "Sou de Hollywood mas também gosto de bollywood"(lembrando que o filme não é bollywoodiano. Ele é uma produção inglesa e usou de algumas características de bollywood como a trilha sonora, feita por um indiano, e o típico final desse estilo de cinema, no qual os personagens todos, no final, dançam e cantam). Mas não deixa de ser inovador e comovente. Sem sombra de dúvidas, um dos melhores filmes que já foi produzido na história.
Ganhou nas categorias: Melhor filme, melhor diretor (Danny Boyle), roteiro adaptado, trilha sonora, edição, fotografia, canção original ("Jai Ho") e melhor som.

Ah, e essa 81° cerimônia foi uma das melhores da história! Hugh Jackman apresentou com verdadeira maestria, fez um verdadeiro espetáculo ficar ainda mais espetacular.

Aí foram os 10 filmes considerados melhores dos melhores pela academia. Agora vou fazer o Top 10 na minha ordem do melhor para o, digamos... "menos melhor":

1- Quem quer ser um milionário
2- Chicago
3- Os Infiltrados
4- Uma mente brilhante
5- Gladiador
6- Menina de Ouro
7- O Senhor dos anéis: O Retorno do Rei
8- Beleza Americana
9- Crash - No limite
10- Onde os Fracos nao têm vez

E 2010 promete! Ainda não saiu a lista dos indicados, mas pelo Globo de Ouro dá pra ter uma ideia mais ou menos de que filmes estão na cerimônia, como: Nine, Bastardos Inglórios, Avatar. Esse último talvez ganhe a maioria dos prêmios técnicos, pelo primor de sua produção.

Mas enquanto isso, ficamos aguardando a tão esperada lista e, claro, o grande dia, que esse ano será em 7 de março. Esperando a quantidade de vezes que ouviremos o famoso "and the Oscar goes to..."


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

AVATAR

Esse pode ser considerado para muitos o filme do ano. E ele tem argumentos convincente para ser, sim, um dos melhores filmes de 2009. É claro que os milhões de dólares investido na película ajudam bastante na divulgação. A propaganda foi contundente, ninguém pode negar.

Eu fui assistir a esse filme sem muitos conhecimentos a seu respeito. Foi bem na louca, assim pode-se dizer. Mas enfim, fui e me surpreendi.


A história é a seguinte, segundo o ADORO CINEMA:

Jake Sully (Sam Worthington) ficou
paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do programa Avatar em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde encontra diversas e estranhas formas de vida. O local é também o lar dos Na'Vi, seres humanóides que, apesar de primitivos, possuem maior capacidade física que os humanos. Os Na'Vi têm três metros de altura, pele azulada e vivem em paz com a natureza de Pandora. Os humanos desejam explorar a lua, de forma a encontrar metais valiosos, o que faz com que os Na'Vi aperfeiçoem suas habilidades guerreiras. Como são incapazes de respirar o ar de Pandora, os humanos criam seres híbridos chamados de Avatar. Eles são controlados por seres humanos, através de uma tecnologia que permite que seus pensamentos sejam aplicados no corpo do Avatar. Desta forma Jake pode novamente voltar à ativa, com seu Avatar percorrendo as florestas de Pandora e liderando soldados. Até conhecer Neytiri (Zoe Saldana), uma feroz Na'Vi que conhece acidentalmente e que serve de tutora para sua ambientação na civilização alienígena."

A direção de James Cameron, o mesmo de TITANIC, foi primorosa. Ele, que apesar de ser o diretor, atua nas outras áreas como roteiro e produção, mostrou que é um dos gênios da sétima arte.

O que mais chama atenção no filme, e quem viu sabe disso, são os efeitos especiais. É de cair o queixo. E olhe que assiti em 2D. Em 3D deve ser adrenalina pura! Além de construir com maestria quase impecável as revoluções da época em que vivem os personagens (2154 d.c), conseguiram mixar elementos reais com a arte gráfica, ao mostrar os ets de Na'Vi, que são interpretados por atores mesmo, assim como fizeram com Gollum, de O Senhor dos Anéis.

Mas o que realmente me tocou foi a história. Não é o roteiro melhor de todos os tempos. Até mesmo tem os clichês que não cansam nunca, como o romance entre o mocinho e mocinha e a presença de vilão. Uma característica bem romântica (no sentido da escola literária. Não é a toa que os filmes de maiores bilheterias na história do cinema são "românticos" como TITANIC e Ghost). Apesar disso, é de se emocionar ao perceber a ingenuidade das criaturas azuis em relação ao pensamento egoísta do homem. Os ets, inclusive, lembram os índios (usam arco e flecha, são como seres primitivos). Eles ainda, posso dizer, não foram "contaminados" pela riqueza material. Prezam bastante a união do povo, a junção de todos como força para a conquista de um objetivo, e isso fica claríssimo no filme. Sem contar que Cameron cutuca até mesmo o tema ambiental, ao retratar uma árvore como sendo a possuidora de uma grande riqueza.

O diretor, em outros filmes como O Exterminador do Futuro, por exemplo, também abusa de novas tecnologias mas não deixa de fazer uma crítica ferrenha à valorização extrema do homem em relação às máquinas.

Se fosse possível poderia escrever páginas e páginas sobre AVATAR. Não vou considerar como o melhor filme que já assisti (Ele não entraria no meu Top 10!). Mas posso dizer que esse foi um filme que me impressionou, me comoveu e me fez refletir sobre os valores egoístas que o homem ,infelizmente, tem e suas consequencias nas próprias vidas.

É isso. Para quem ainda não viu, vale a pena.



sábado, 5 de setembro de 2009

Imagem e Reflexão

Hoje à tarde, sábado, dia de relaxar, estava eu arrumando meus arquivos acadêmicos. Minha irmã ao meu lado fazendo as unhas e vendo Luciano Huck. Até que, na parada para os publicitários (Ui, perceba o termo), anuncia o filme da Sessão de Sábado: Mulheres Perfeitas. Antes de mais nada, um parênteses... (Não é muito legal ver filmes nessa sessão porque eles cortam demais. E outra: Não tem mais tecla SAP para assistir no audio oiriginal. Enfim... fecha parênteses...).

O Filme eu já tinha visto, mas não me lembrava de muita coisa. Porém lembrava de sua temática principal. Esta me fez refletir.

Refletir? Claro! A película tem sua "casca" de filminho básico, bonitinho. Mas não é bem assim. De um modo leve e metafórico, o roteirista fez uma crítica contundente à sociedade moderna.

Somos condicionados a ir em busca da perfeição. E quem é esta? Quem a estabelece? Ela realmente existe?

Não, ela não existe, pelo menos entre nós humanos. Não é a toa que o "plano" de construir uma sociedade perfeita não dá certo. A personagem de Nicole Kidman, inclusive, fala: "Isso é muito estranho, está tudo tão perfeito!"

No fim da história é explicado o porque da criação desse universo magnífico. Mas não nos prendemos ao enredo em si, mas no que podemos extrair dele.

Argumenta-se, também, no filme, sobre o machismo. O mais interessante é que este atingiu principalmente uma mulher. Esta, potencialmente ativa na sociedade, inteligente e pró-ativa, decidiu largar sua vida de independência e viver "às custas do marido", por motivos pessoais. Escolheu largar uma realidade para viver de um sonho. Na verdade, viver em uma realidade que era como um sonho, um tanto artificial e forçada. É melhor ter uma vida com seus defeitos, mas que seja real ou viver em mundo de perfeição mas com um caráter mascarado? Se esse mundo de perfeição, por trás, tem uma artifício de maquiagem da sua real feição, ele pode ser perfeito? Nós almejamos tanto o perfeito que acabamos por tornar a rotina artificial (e imperfeita) em busca de algo que não se obterá.

Nunca chegaremos plenamente ao perfeito. Nós lutamos e corremos atrás deste. Através de aprendizados e do amadurecimento, chegamos perto dele, mas nunca nele. É como a cenoura na vara da felicidade. Falando nela, será que a felicidade, então, seria nosso modo perfeito de viver? Será que por isso nunca chegamos nela plenamente? Eis a questão!

domingo, 3 de maio de 2009

CINE PE 2009

É imprecionante como o cinema me impreciona. É Arte. Magia. Sedução. Algo que não se entende, se vive, se sente. Não é a toa o nome desse blog. Apesar de outros assuntos que abordo, cinema é o protagonista daqui.

E essa semana, cheia de turbulências, o maior Festival do Audio Visual de Pernambuco, O Cine PE, me fez sentir o cinema bem pertinho de mim durante os 3 dias em que pude participar do evento. Algo que, infelizmente, fica cada vez mais distante devido a minha agenda agora bem apertada.

Mas nem por isso perderia essa chance. Esse Festival é diferente de ir a uma sessão cinematográfica de domingo à tarde.

No Cine PE o maior diferencial é a exibição de curtas. Ao longo do ano são apenas exibidos filmes longas-metragens e a maioria comerciais (sem querer discriminá-los). A Fundação se diferencia em suas exibições de filmes, às vezes mostrado curtas e filmes "sem-ser-da-massa".

Mas vamos ao que interessa. Entre os 16 curtas que pude assistir, alguns se destacaram. Na quinta-feira o maior destaque foi o filme de Renata Pinheiro, "SuperBarroco" que irá ser apresentado no Festival em Cannes, França. O Curta foi muito bem produzido, com efeitos inebriantes e um roteiro drama "à la Cannes", como disse meu amigo Edu. Também teve a animação Cattum, com uma sacada irônica no final e durante o filme qualquer um ri com as atrapalhadas de um gatinho.

Sexta-Feira considerei como os melhor dos dias que fui, se for analisar pelo geral. A maioria dos curtas tinham um teor psicológico, estudos de comportamento. O representante de Pernambuco nesse dia, Marcelo Lordello, apresentou o "Nº 27", sobre conflitos de uma rapaz na escola, durante a realização de uma prova. "Quem Será Katlyn?" Abordou o tema da transexualidade e questionou o "ser menino ou menina". "Eu e Crocodilos" aborda comportamentos da adolescência, problemas dessa fase comuns a tantas pessoas e o desafio de lidar com as turbulências típicas dos teenagers. Mas o que mais me chamou atenção nesse dia foi "O Anão Que Virou Gigante". Uma animação simples, sem muitos efeitos grandiosos. Porém, a mensagem que passa é bonita e faz refletir sobre as aparências. Na hora me lembrei da frase de Carlos Drummon "Sou do tamanho daquilo que vejo, não do tamanho da minha altura".

Sábado foi o mais viajado dos dias. Até por esse ano o tema do Festival ser "Cine PE, aqui você viaja"(hehehe, não resisti). Foram exibidos curtas que precisava de uma reflexão mais profunda. Destaque para "Silêncios e sombras". Na hora não entendi. Nos créditos dizia ser um curta baseado em um poema de Goethe, escritor romântico alemão. Isso me deixou intrigada a pesquisar sobre esse poema. Eu o li e realmente vi que muita coisa fez sentido. Apesar de antes, mesmo sem entender, já ter gostado do filme por ser uma animação bem produzida e que lembra bastante o byronismo da segunda geração do romantismo, no século XIX. Só esse fato me fez ficar encantada com o curta.

Muitos fatos ainda tem para se contar dos filmes. Mas se não parar agora não sei mais quando irei terminar essa postagem. Só queria mesmo deixar um gostinho de quero mais. Poder vivenciar novamente esse 3 dias, mesmo que seja escrevendo, para lembrar dos bons momentos de poder participar de um Festival com tamanha magnitude e ao mesmo tempo poder valorizar o cinema pernambucano, este que talento tem de sobra.

Agora é esperar um ano para saborear esses curtos momentos de prazer que só a sétima arte é capaz de me dar.

domingo, 5 de abril de 2009

TEMPO

Há tempos que não posto aqui no blog. Ando desanimada e sem ideias para nada. Às vezes vem até uma ideia, mas me desempolgo logo depois. Não custa nada tentar agora escrever algo interessante não é? E falando em tempos, esse será o tema dessa postagem: o tempo.

Faz um tempo (¬¬') que quero falar sobre isso. Muitas coisas me inspiram para esse lado, como a 5° temporada de LOST que está abordando esse tema. Pegando carona, a Superinteressante desse mês ab
ordou em uma reportagem sobre as teorias do tempo.

Será que é possível voltar ao passado? Ir ao futuro? Se possível aí surge as loucas teorias.
Se voltar no tempo, podemos mudar o que estiver no passado? Eu poderia tentar, por exemplo, impedir o 11 de setembro? E se mudasse, como seria o mundo hoje? E Einsten ainda desevolveu a teoria de que é impossível mudar o passado. Exemplo: Você volta no ano que seus pais se conhecem. Tenta matá-los (vixe!), mas aí você erra o tiro, seu pai e sua mãe, assustados, começam a conversar e daí... eles se casam e você nasce. Então quer dizer que você tentou matar os seus pais mas acabou fazendo com que você nascesse! Já estou ficando maluca aqui.

Falar e estudar sobre o tempo é mais complexo do que possa se imaginar.
Uma coisa que me intriga: o presente existe? Porque o que acabei de escrever é passado. E o que irei escrever é futuro. O que estou escrevendo neste exato momento é presente? Mas isso que acabei de escrever é passado, não é mais presente! Se o presente existe, quanto tempo ele dura? Claro que cada caso é relativo. 2009 é presente. Porém, existe muitos futuros e passados nesse "presente". E agora?

Indo agora para um âmbito mais filosófico... podemos dizer que somos livres de muita coisa. Mas nunca teremos a liberdade plena, pois (ele mesmo!) o tempo, não permitiria isso. Estamos enjaulados. Não se pode fugir. Mesmo adiantando ou atrasando o relógio, ou nascendo como o Benjamin Button, que veio ao mundo com 80 anos e ia rejuvenescendo. Ele também era refém do tempo. Só que ao contrário.

Por mais que se tente, não dá. Por mais vazio, sem graça que esteja a vida, o tempo está sempre presente (mas exite presente mesmo, eita, esse assunto agora é passado!) E o pior é sua frieza. Ele não favorece ou prejudica. Ele simplesmente é. Tem horas que dá vontade de voltar aos tempos da infância, viver novamente aqueles momentos sem responsabilidades. Mas ele não deixa! E há momentos de desânimo que dá vontade de adiantar, coloca "ff", passar para outra cena como em um DVD. Ele também não cede nesse caso.


Apesar dessa frieza, ele ajuda em determinadas situações. Não tem sempre alguém que, em momentos difíceis, fala: "É... só o tempo irá curá toda essa tristeza". E ele cura na maioria daz vezes. Não plenamente, mas melhora.

Em cada coisinha, cada momento, cada tudo ele está lá firme e forte, nos milênios, séculos, décadas, anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, centésimos, milésimos...


Tic-tac tic-tac tic-tac...