domingo, 3 de maio de 2009

CINE PE 2009

É imprecionante como o cinema me impreciona. É Arte. Magia. Sedução. Algo que não se entende, se vive, se sente. Não é a toa o nome desse blog. Apesar de outros assuntos que abordo, cinema é o protagonista daqui.

E essa semana, cheia de turbulências, o maior Festival do Audio Visual de Pernambuco, O Cine PE, me fez sentir o cinema bem pertinho de mim durante os 3 dias em que pude participar do evento. Algo que, infelizmente, fica cada vez mais distante devido a minha agenda agora bem apertada.

Mas nem por isso perderia essa chance. Esse Festival é diferente de ir a uma sessão cinematográfica de domingo à tarde.

No Cine PE o maior diferencial é a exibição de curtas. Ao longo do ano são apenas exibidos filmes longas-metragens e a maioria comerciais (sem querer discriminá-los). A Fundação se diferencia em suas exibições de filmes, às vezes mostrado curtas e filmes "sem-ser-da-massa".

Mas vamos ao que interessa. Entre os 16 curtas que pude assistir, alguns se destacaram. Na quinta-feira o maior destaque foi o filme de Renata Pinheiro, "SuperBarroco" que irá ser apresentado no Festival em Cannes, França. O Curta foi muito bem produzido, com efeitos inebriantes e um roteiro drama "à la Cannes", como disse meu amigo Edu. Também teve a animação Cattum, com uma sacada irônica no final e durante o filme qualquer um ri com as atrapalhadas de um gatinho.

Sexta-Feira considerei como os melhor dos dias que fui, se for analisar pelo geral. A maioria dos curtas tinham um teor psicológico, estudos de comportamento. O representante de Pernambuco nesse dia, Marcelo Lordello, apresentou o "Nº 27", sobre conflitos de uma rapaz na escola, durante a realização de uma prova. "Quem Será Katlyn?" Abordou o tema da transexualidade e questionou o "ser menino ou menina". "Eu e Crocodilos" aborda comportamentos da adolescência, problemas dessa fase comuns a tantas pessoas e o desafio de lidar com as turbulências típicas dos teenagers. Mas o que mais me chamou atenção nesse dia foi "O Anão Que Virou Gigante". Uma animação simples, sem muitos efeitos grandiosos. Porém, a mensagem que passa é bonita e faz refletir sobre as aparências. Na hora me lembrei da frase de Carlos Drummon "Sou do tamanho daquilo que vejo, não do tamanho da minha altura".

Sábado foi o mais viajado dos dias. Até por esse ano o tema do Festival ser "Cine PE, aqui você viaja"(hehehe, não resisti). Foram exibidos curtas que precisava de uma reflexão mais profunda. Destaque para "Silêncios e sombras". Na hora não entendi. Nos créditos dizia ser um curta baseado em um poema de Goethe, escritor romântico alemão. Isso me deixou intrigada a pesquisar sobre esse poema. Eu o li e realmente vi que muita coisa fez sentido. Apesar de antes, mesmo sem entender, já ter gostado do filme por ser uma animação bem produzida e que lembra bastante o byronismo da segunda geração do romantismo, no século XIX. Só esse fato me fez ficar encantada com o curta.

Muitos fatos ainda tem para se contar dos filmes. Mas se não parar agora não sei mais quando irei terminar essa postagem. Só queria mesmo deixar um gostinho de quero mais. Poder vivenciar novamente esse 3 dias, mesmo que seja escrevendo, para lembrar dos bons momentos de poder participar de um Festival com tamanha magnitude e ao mesmo tempo poder valorizar o cinema pernambucano, este que talento tem de sobra.

Agora é esperar um ano para saborear esses curtos momentos de prazer que só a sétima arte é capaz de me dar.

2 comentários:

Mauro Espíndola disse...

Sim Flavinha!
Cinema é show!
Post com a mesma temática do meu.. hehehe o CINE PE! Falamos até de alguns filmes em comum. hehehehe.

Parabéns pelo post!
Beijão
;*

Eduardo Henriques disse...

Flá,

Como fui apenas a um dia do Cine Pe só posso falar do que vi.
Sinceramente, o Super Barroco foi emocionante. Bagunçou com meeus sentidos na hora.
Ele cantando o Hino ao Amor e toda aquela atmosfera tênue entre a nostalgia, a ilusão e a loucura...Foi incrível!
Foi o curta que me marcou!
Interpretação fantástica também.


Outro que me marcou foi o do sapato.
Muito bonito e a fotografia (preto e branco) foi um toque a mais de sensibilidade da direção de arte.
Super!

*Claro que a sua companhia fez toda a diferença [amigo babão mode on!]


UAHuahau!

Bissus!